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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Marca da besta: Como está sendo feito o condicionamento para aceitá-la


"A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis." Apocalipse 13:16 até 18.
O microchip RFID implantável sem dúvida é a marca da besta!
Segundo estudiosos, a tradução para a palavra "marca" do original grego "charax" (charagma) do Apocalipse significa "pôr estaca dentro de" ou "aderir dentro de" ou ainda "efeito de entalhar, cinzelar". Realmente o biochip implantado na mão faz um pequeno volume parecendo uma marca.
Bip, bip, bip...é o futuro que avança.
Para implementar uma medida importante mas não bem-vinda, existem várias maneiras.
Uma, por exemplo, consiste em criar uma lei que obriga ao respeito da nova medida. Só que desta forma a medida é vista como uma imposição, haverá sempre quem tente fugir à regra, além dos óbvios protestos.
Um método mais subtil, e com maiores possibilidades de sucesso, é começar com o mostrar o lado positivo da medida, convencer um especifico grupo de pessoas de que a nova medida é um importante factor de avanço, uma mais valia.
Em breve, serão estas mesmas pessoas a falar bem da medida em questão; e, nesta altura, o trabalho estará feito.
O ideal é focalizar a atenção naquelas áreas de maior sensibilidade para a maioria dos cidadãos.
Que tal filhos e saúde?
Começamos com os filhos.
Depois de cães e gatos, caixotes do lixo, livros, animais, roupas e passaportes, um chip RFID (radio frequency identification) irá equipar as crianças de um asilo em Paris. A empresa produtora do chip é a Lyberta (reparem no nome: muito perto de "Liberteé", "liberdade" em Francês), cujo chefe Patrick Givanovitch afirma:
O estudo visa aumentar a segurança das crianças; vamos instalar detectores em todas as salas e, graças ao chip inserido numa camisa, os homens no controle de vídeo poderão saber a todo o momento onde está uma criança, especialmente se entrar ou sair do jardim de infância. Em caso de saída inesperada, uma mensagem de texto será enviada automaticamente para alertar os pais e a direcção do instituto.
A ideia de implementar chips electrónicos nas crianças de três anos (implementar na roupa, por enquanto) parece satisfazer as necessidades do momento: reduzir o custo do pessoal de segurança, saciar a sede de segurança dos pais e dos cidadãos em geral. Mas é uma boa ideia?
Dominique Ratia-Armengol, presidente da associação francês de psicólogos infantis:
Fechar os filhos numa gaiola virtual acabará com alimentar o medo e a sensação de estar permanentemente em perigo; um risco que, no entanto, não existe. O uso do chip visa reduzir a presença dos professores, que, ao contrário, são fundamentais para o crescimento das crianças.
Se, apesar da polémica, o protejo será confirmado em Paris, será a primeira vez que esta tecnologia é usada na Europa.
Nos Estados Unidos, pelo contrário, o sistema é já activo: fez a sua estreia há poucas semanas num jardim de infância em Richmond, Califórnia. O chip é inserido num casaco que acompanha todas as crianças, o custo anual é de 50 000 Dólares, mas estima-se uma poupança de 3.000 horas de trabalho para os funcionários da escola, que agora estão satisfeitos.
Simone Beauford, docente do instituto:
Já não tenho que gastar o meu tempo no preenchimento do registo com a altura da entrada e da saída de cada criança. Eu apoio: menos burocracia, mais ensino.
E o trabalho está feito.
O paciente emissor
A saúde?
A reforma do sistema de saúde, defendida e feita aprovar pelo presidente dos EUA, Barack Obama, refere, entre as outras coisas, um aparelho chamado "registo de sistema" (Class II, parágrafo 1, secção B)
Mas o que exactamente esse dispositivo?
Nas páginas 1001 e 1004 da lei, o dispositivo é descrito mais em detalhes: 
[...] Um dispositivo transpoder de rádio frequência implementável, capaz de gravar os créditos, a história clínica do paciente, com imagens analíticas padronizadas que permitam o compartilhamento dos mesmos em diferentes áreas, para além de quaisquer outros dados julgados como oportuno pelo Secretário.
O dispositivo de classe 2 já foi aprovado pelo FDA (Food and Drugs Administration).
Ninguém aqui quer parar as "modernices".
Eu mesmo sou consumidor de tecnologia e aprecio a mais valia que esta representa. O facto de estar aqui, eu a escrever e o leitor a ler um blog, significa que a tecnologia, quando usada de forma correcta, pode dar uma enorme contribuição para o bem estar das pessoas.
As dúvidas são outras. E a mais importante é a clássica: quem controla os controladores?
No caso do chip de saúde, há diversos pontos obscuros.
Quem terá acesso a estas informações?
Hospitais, pessoal medico, sem dúvida. E quem mais? Quais as medidas de segurança? Como posso estar certo, eu cidadão, de que os meus dados serão lidos só quando isso for preciso e nas sedes mais apropriadas?
Não existe esta segurança, fala-se de "compartilhamento em diversas áreas".
E que significa que o chip terá de gravar dados clínicos "para além de quaisquer outros dados julgados como oportuno pelo Secretário"?
Quais dados?
São perguntas que por enquanto ficam sem resposta.
O seguinte vídeo é uma publicidade da Verimed Healt, empresa especializada na identificação dos pacientes e na qual não podia faltar uma área "verde", sensível às temáticas ambientais. Por enquanto a VeriMed não comercializa o produto, mas os testes prosseguem.
Esta publicidade conta uma parte da história. Só uma parte. 

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