Em um dos painéis de debate organizados pelo Fórum, os participantes abordaram temas que foram desde um novo mapa global de poderes até o aproveitamento das crises como fatores de mudanças.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, alertou que a comunidade internacional perdeu uma oportunidade de se reorganizar após a crise suscitada pelo ataque às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001.
"Em 2001 houve uma grande crise e surgiu uma oportunidade. Infelizmente, isso não ocorreu, ficou apenas nas palavras. As respostas foram bem contrárias. Houve a guerra no Iraque. Houve o recrudescimento das tensões em grande parte do mundo. E não houve solução alguma para a crise do Oriente Médio e para o conflito entre árabes e israelenses. Por isso, a oportunidade não foi aproveitada", considerou.
"Também não se conseguiu modificar a estrutura política mundial. Estou muito de acordo de que é completamente obsoleta", acrescentou.
"Alguns anos depois, tivemos uma segunda oportunidade, uma segunda crise, a crise econômica, a crise financeira. (...) E até certo ponto parecia que algo mais tinha sido aproveitado. Pelo menos, passamos do G8 para o G24", disse.
No entanto, prosseguiu, "não há nenhuma disposição em modificar a estrutura financeira e econômica internacional".
Apesar disso, o secretário-geral da OEA constatou que "depois de 2001 e depois da crise econômica, certamente surgiu uma nova realidade mundial, que não pode ser ignorada", mencionando os BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China).
A russa Alla Glinchikova, vice-diretora do Instituto Russo de Estudos sobre a Globalização e Movimentos Sociais, criticou a existência de uma "multiplicidade de monólogos, e não um diálogo, em que as partes mais fortes acabam vencendo".
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, pediu novas instituições que evitem a ocorrência de grandes crises, citando como exemplo o tema que roubou a atenção do Fórum, a questão nuclear iraniana.
"Temos que ser pró-ativos para prevenir o surgimento de crises", considerou.
Davutoglu ressaltou que "as instituições econômicas, políticas e culturais existentes não são suficientes para criar novos horizontes".
Miguel Angel Moratinos, chanceler espanhol, encerrou os debates do evento, criado por iniciativa do presidente do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, ressaltando que "a Aliança é uma iniciativa plena que vale la pena".
O Irã esteve no centro dos debates entre o os líderes que participaram deste evento, já que estiveram presentes alguns dos principais protagonistas de um acordo para a troca de urânio iraniano por combustível nuclear que desencadeou fortes tensões entre Brasil e Turquia -que promoveram o pacto-, com os Estados Unidos e as potências nucleares européias, que desconfiam que Teerã tente obter a bomba atômica.
O próximo Fórum da Aliança das Civilizações será realizado no ano que vem no Qatar.
Acho interessante como o Brasil está sendo foco deste movimento pró-globalizacao e nova ordem mundial que está a todo vapor nas mais diversas áreas e níveis. Mês passado o Brasil sediou o "Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal", e entre a agenda estava combate ao terrorismo e ao cyber-crime. O Brasil sem dúvida está deretamente na rota da implantação da Nova Ordem Mundial, e não resta dúvidas que é por isto mesmo que "ganhamos" a copa do mundo de 2014 e olimpíadas de 2016.
E no congresso da "Aliança das Civilizações", tiveram a cara de pau de dizer que infelizmente não soubemos aproveitar da "crise" do 11 de setembro para mudar a estrutura política internacional, mostrando como se fosse normal a utililização da regra de três, ou dialética hegeliana, onde se cria um problema, se espera a reação e então apresenta a solução alegremente recebida que de outra forma jamais seria aceita.
E no congresso da "Aliança das Civilizações", tiveram a cara de pau de dizer que infelizmente não soubemos aproveitar da "crise" do 11 de setembro para mudar a estrutura política internacional, mostrando como se fosse normal a utililização da regra de três, ou dialética hegeliana, onde se cria um problema, se espera a reação e então apresenta a solução alegremente recebida que de outra forma jamais seria aceita.
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